Um breve histórico sobre o Marcapasso 08 de outubro de 1958
Arne H.W. Larsson recebe o primeiro marcapasso totalmente implantável do mundo em operação histórica em Estocolmo, Suécia.
1962
Produção dos primeiros eletrodos de marcapasso endocárdicos permanentes Eletrodos endocárdicos podem ser passados através de uma veia do paciente até o coração, substituindo a tecnologia mais invasiva de ligar eletrodos à parte externa do coração.
Este avanço permitiu aos médicos implantarem marcapassos sem abrir o tórax, o que reduziu significativamente o risco do procedimento.
1973 – Lançamento do primeiro marcapasso recarregável comercial
A capacidade de recarregar as baterias do marcapasso estendeu a longevidade do aparelho de aproximadamente 18 meses para até 20 anos com os marcapassos recarregáveis de hoje.
Os primeiros aparelhos recarregáveis eram alimentados por baterias de níquel-cádmio, proporcionando superior confiabilidade e longevidade em comparação com as baterias de mercúrio iniciais.
A nova fonte de energia era baseada em pesquisa custeada pela NASA para melhorar os sistemas de energia para os satélites na órbita terrestre.
1978 – Lançamento do primeiro marcapasso de chip único
Este avanço reduziu bastante o tamanho do aparelho e melhorou a confiabilidade.
1979 – Primeiro marcapasso a usar telemetria bidirecional
A telemetria bidirecional foi adotada das aplicações aeroespaciais e incorporada aos aparelhos médicos.
Esta tecnologia permitiu que os médicos se “comunicassem” de maneira não invasiva com um aparelho implantado e o reprogramassem sem cirurgia.
Posteriormente a NASA reconheceu este marco como a primeira aplicação de telemetria bidirecional para monitorar e programar um aparelho médico implantado.
1981 – Primeiro marcapasso baseado em microprocessador
Conforme a funcionalidade do marcapasso aumentou, se tornou imperativo a adoção de tecnologias informatizadas para acomodar maiores capacidades nestes aparelhos relativamente pequenos.
O uso de microprocessadores melhorou significativamente a capacidade de um médico de ajustar as configurações do marcapasso e obter informação diagnóstica.
1989 – Lançamento nos Estados Unidos do primeiro marcapasso de câmara dupla com modulação de freqüência
Os primeiros marcapassos podiam estimular apenas uma câmara do coração.
O marcapasso dupla câmara permitiu a sincronização tanto do átrio (câmara superior) quanto do ventrículo (câmara inferior) imitando de maneira mais semelhante o ritmo natural do coração.
Por muitos anos, os marcapassos convencionais estabeleciam o ritmo do coração a uma freqüência constante, o que poderia limitar os níveis de atividade dos pacientes.
A tecnologia de modulação de freqüência permitiu que o aparelho sentisse mudanças na atividade de uma pessoa através do movimento corporal, freqüência de respiração ou temperatura e então ajustasse a freqüência cardíaca de acordo com estes parâmetros.
A adição desta capacidade ao marcapasso dupla câmara melhorou a terapia de estimulação cardíaca, permitindo ao paciente cujo coração não respondia naturalmente ao stress fisiológico que ele retornasse a um estilo de vida mais ativo.
1993 – A FDA aprova o CDI (cardioversor desfibrilador implantável) Cadence com um marcapasso para backup
Os CDIs proporcionam tratamento que salva vidas a pacientes que sofrem ataques cardíacos repentinos ou sofrem outras arritmias cardíacas potencialmente fatais.
Anteriormente, os pacientes que precisavam tanto de CDI quanto de marcapasso tinham que receber dois aparelhos separados, que não eram capazes de interagir. Ao combinar o CDI e o marcapasso em um único aparelho, os pacientes podiam receber terapia ótima e sincronizada.
1994 – A St. Jude Medical adquire a Siemens Pacesetter, sediada em Solna, Suécia, e Sylmar, Califórnia
Esta aquisição transformou a St. Jude Medical de uma empresa de válvulas cardíacas como único produto para uma empresa de gerenciamento do ritmo cardíaco mais diversificada.
A Siemens-Pacesetter era a empresa de marcapassos nº 2 do mundo em 1994.
A St. Jude Medical adicionou desfibriladores implantáveis e outros produtos para estimulação cardíaca à sua linha através de aquisições posteriores.
1995 – O menor marcapasso do mundo, Microny, lançado para pacientes pediátricos
O Microny é o menor marcapasso do mundo, pesando aproximadamente 14 gramas e tendo o tamanho de aproximadamente uma moeda de 1 real.
O marcapasso Microny é ideal para pacientes pediátricos e foi implantado em bebês de algumas horas de vida, incluindo alguns que tiveram o diagnóstico de defeitos cardíacos antes do nascimento.
1995 – Lançamento da tecnologia AutoCapture?
A tecnologia de AutoCaptura (AutoCapture) exclusiva da St. Jude Medical, incorporada pela primeira vez em seu aparelho Microny, permitiu que os marcapassos monitorassem continuamente e ajustassem automaticamente o pulso de saída.
A AutoCaptura foi o primeiro algoritmo projetado para monitorar a captura a cada batida do coração e então fornecer a quantidade mínima de energia necessária para a estimulação.
Este recurso sofisticado aumentou a segurança dos pacientes, pois se sabe que a quantidade de energia necessária para estabelecer com sucesso da estimulação do coração varia.
A AutoCaptura também permitiu que o marcapasso fornecesse com segurança a menor quantidade de energia, reduzindo desta forma o consumo das baterias e prolongando efetivamente a longevidade do aparelho. A profissão médica solicitou esta tecnologia pela primeira vez no início da década de 1970, mas ela se tornou uma realidade apenas em 1995.
1996 – Primeiro capacitor plano para CDI usado pela St. Jude Medical para produzir o menor e mais fino CDI do mundo na época
Um capacitor pega a energia de saída da bateria de 3,5 volts e a aumenta para mais de 600 volts para proporcionar a terapia de “choque” necessária para retornar um coração batendo de modo errático ao ritmo normal.
Os capacitores originais eram extremamente grandes e contribuíam para o tamanho grande dos CDIs de geração inicial.
Os capacitores planos reduziram significativamente o tamanho dos CDIs que permitiam que o aparelho fosse colocado na parte superior do tórax e não no abdômen, aumentando o conforto do paciente.
2001 – Arne Larsson, o primeiro paciente de marcapasso implantável do mundo morre aos 86 anos, por causas não relacionadas à sua saúde cardíaca
O Sr. Larsson viveu mais que o cirurgião que implantou o seu marcapasso em 1958 e que o desenvolvedor deste primeiro aparelho pioneiro.
Ele recebeu 22 marcapassos diferentes durante sua vida.