DROGAS PARA BRADICARDIA
O tratamento inicial, na ausência de causas reversíveis, é com atropina na dose de 0,5 mg repetida a cada 3 a 5 minutos até uma dose máxima total de 3,0 mg ou 0,04 mg/Kg.
Doses de 1224 sulfato de atropina menores do que 0,5 mg, paradoxalmente podem provocar uma maior redução na freqüência cardíaca.
A atropina tem se mostrado efetiva na bradicardia sinusal sintomática e em vários casos de BAV, de qualquer tipo, a nível nodal.
Se este tratamento não é efetivo, nas anestesias espinhais, a utilização de baixas doses de adrenalina venosa (0,2 mg) tem se mostrado eficaz e deve ser empregada.
Nos demais casos em que a atropina não foi capaz de restaurar a freqüência cardíaca normal, de reverter os sinais de baixo débito ou de eliminar os focos ectópicos de despolarização, embora o uso de drogas de segunda linha, como a adrenalina e a dopamina, possa ser efetivo, está indicado o uso de marcapasso transcutâneo.
Nas situações em que não estão disponíveis nem o marcapasso transcutâneo e nem o transvenoso, está indicada a infusão de Dopamina (5 a 20 ì g/ Kg/min) ou adrenalina (2 a 10 ì g/min).
O uso do Isoproterenol é perigoso, principalmente nos pacientes com isquemia coronariana aguda, devido ao grande aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio que provoca.
Nestes pacientes até a atropina deve ser usada com muita cautela, já que o aumento da freqüência cardíaca deve ser o suficiente apenas para restaurar o DC, sem provocar aumento demasiado da demanda de oxigênio. Nos pacientes transplantados, a atropina não é efetiva, já que o coração transplantado não tem inervação vagal, nestes casos o Isoproterenol, por sua ação direta, está mais bem indicado.