Wolff-Parkinson-white

A síndrome de Wolff-Parkinson-White(WPW)  é uma doença onde existe uma via elétrica extra(feixe de Kent) que conecta os átrios aos ventrículos, fazendo com que o impulso elétrico chegue mais rápido ao ventrículo.

A síndrome é definida como uma arritmia cardíaca na qual os impulsos elétricos são conduzidos ao longo de uma via acessória a partir dos átrios até os ventrículos e as câmaras internas do coração.

Às vezes, essa via elétrica não causa taquicardia, mas produz alteração no eletrocardiograma que deixa o QRS mais largo (pré-excitação ventricular).

A síndrome de Wolff é uma condição cardiológica pouco frequente em nosso meio, atinge em média 3 a 5 em cada 100.000 pessoas.

O WPW foi inicialmente descrito em 1930, em um grupo de pacientes jovens e sadios acometidos de palpitação.

A causa do Wolff é congênita, ou seja, alteração presente desde o nascimento ou intra-útero.

A patologia é diagnosticada por meio da história clínica do paciente, exame físico e exame de eletrocardiograma (ECG), no qual é observada a onda delta (feixe de onda de maior amplitude e menor frequência) associada a um intervalo PR diminuído.

O WPW pode levar à morte súbita em casos de excesso de exercícios físicos caso não seja devidamente acompanhado e tratado. Seu tratamento pode envolver uso de medicação, mas na maioria das vezes é eminentemente cirúrgico, no qual é realizada a ablação (destruição) do feixe de transmissão anômalo para que os impulsos nervosos voltem a ser conduzidos pelas vias anatômicas normais entre o átrio e o ventrículo do coração.

Critérios diagnósticos eletrocardiografico:

  • Presença de onda Delta, conseqüente ao alargamento e espessamento do ramo inicial do QRS.
  • IPR curto, < 120 ms.

Tratamento:

Medicações: várias drogas podem ser utilizadas para o tratamento das arritmias relacionadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White. Entre elas estão: propafenona (Ritmonorm®), amiodarona (Ancoron®), sotalol (Sotocor®). Algumas medicações não podem ser utilizadas: beta-bloqueadores (propranolol, metoprolol) ou bloqueadores do canal de cálcio (verapamil, diltiazem).

Ablação: tratamento com cateteres para cauterizar, com energia de radiofreqüência, a via elétrica extra anomala. É o método de tratamento de escolha para WPW.

Restrições:

Os pacientes portadores da síndrome de Wolff-Parkinson-White tem contra indicação para atividades físicas competitivas (futebol, vôlei, basquete) e esportes radicais (mergulho, escalada, asa-delta).

As profissões de risco também não são permitidas(piloto, motorista, operador de máquinas pesadas).

Após ablação não há qualquer restrição para atividade física e qualquer profissão poderá ser exercida.

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